Paulo Izael
Escrevo o que sinto, mas não vivo o que escrevo.
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O QUE É O AMOR?
          



No amanhecer cinzento,
A ressaca do amor doeu.
Apenas um bilhete singelo
Confirmava o temido rompimento.
O desfalecimento da razão
Amparava minha solidão.
Andei a esmo, remoendo ódio.
Não conseguia racionar,
Frente a Intermitentes desassossegos.
Até mesmo minha sombra
Era estranha e sinistra.
Amaldiçoei o ultimo abraço gelado,
Enojei o beijo não praticado.
Juntos, fomos o supra sumo
Da descortesia exagerada,
O limiar do ódio acumulado.
Reunimos todo o sarcasmo possível.
Conseguimos ser menos que zero.
Nas entrelinhas dos ataques,
Não poupamos sequer a amizade
Que por ventura perduraria.
Sempre o desapego nos perseguia,
Confinando o sentimento ao lodo.
Se realmente inexistia amor,
Então o porque das lembranças
Que chega sempre sem anunciar-se,
Consumindo todo meu ser
E direcionando-me ao esmorecimento?
Tornando Incompreendida minha saudade
Que sempre se manifesta devastadora?
Que sentimento é este que arde,
Sem deixar indícios de chama.
Que intercepta a vida sem praticar o crime,
E me deixa mudo, quando posso falar?
Paulo Izael
Enviado por Paulo Izael em 28/06/2005
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